O ano de 2021 começou como o de 2020 terminou. Parece que nada mudou, a não serem, os números do calendário. O Corona vírus ainda está a solta nos assolando. Mas, além disso, as discussões políticas ainda estão à flor da pele no mundo todo. No Brasil não é diferente.
Discutir políticas é algo saudável e necessário em uma sociedade em que os cidadãos querem o melhor no lugar aonde vivem. O cristão como um cidadão tem esse direito também. A diferença que sua esperança final não é na política, mas em Cristo. Infelizmente vemos muitos irmãos nossos discutindo e se digladiando, e não por causa da política em si, mas em algo pior, por causa de políticos. Agindo como verdadeiros idólatras. Isso acontece de todos os lados do espectro político. Defender uma linha de raciocínio, uma filosofia, ou até uma ideologia é até enriquecedor no debate público. Mas defender de maneira cega um político, que deveria ser tratado como o seu funcionário, mas se parece mais um deus ao qual você tem a obrigação de defender independente da realidade, além de ridículo é pecado.
Ao longo da história bíblica vemos algo parecido com isso. Deus prometeu no Éden que o fruto da semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Quando mais pra frente na história a nação de Israel está formada e Deus escolhe Davi como rei do seu povo, e promete que dá linhagem de Davi o messias virá e terá seu trono eterno. Vemos muitos na história esperar a solução do homem vir em meio à política. Na plenitude dos tempos essa promessa é cumprida e Cristo Jesus começa a pregar sua mensagem, ali muitos esperavam uma revolução política. Muitos afirmam que Judas era um desses. Acredito que era mesmo, e seu fim nos mostra que ele estava completamente errado.
Os judeus esperavam um rei como Davi, que os libertasse da opressão romana e fizesse de Israel uma nação gloriosa como na época de Salomão. Infelizmente os olhos presos apenas neste mundo não permitiam que eles enxergassem o reino eterno de Deus que estava além do que os olhos judaicos da época podiam ver. O reino de Deus havia chegado a eles, mas de maneira plena seria feito no “amanhã”. O amanhã que estamos aguardando com o retorno triunfante de Cristo para reinarmos com Ele eternamente na Nova Jerusalém, uma Jerusalém sem políticos, mas com Cristo como seu Rei eterno e poderoso.
Cristo já reina. Deus sempre foi o Senhor sobre toda Terra e o Universo. O pecado tirou essa percepção do coração humano, mas a obra redentora de Jesus já resolveu isso. Cristo reina. Assim, vivemos num período que pode ser considerado como “já, mas ainda não”. O Reino JÁ chegou, mas AINDA NÃO está presente na sua plenitude, e irá acontecer depois da segunda vinda de Jesus. Independente do caos atual, Ele reina. Nossa esperança está na promessa que Jesus voltará e estaremos plenamente no seu reino.
A esperança do cristão atual não pode cair no erro dos judeus da época de Cristo, nossa esperança não está na política ou em políticos, mas sim no Reino Eterno de Jesus Cristo, que já é rei sobre todos e será de maneira plena no fim dos tempos.
Então esperar ações divinas de homens que cumprem cargos na política é tolice. Devemos orar para que os agentes do Estado cumpram a função que a eles é cabida, que é promover o bem e a justiça e punir os malfeitores. Esse é o ministério de Deus para os que se dizem políticos. A nós cabe cobrar desses agentes públicos que cumpram as suas funções e enquanto isso devemos promover o único reino justo e eterno, que é o reino de Deus.
Cristãos! Mais do que nunca, sejam cristãos!