A pobreza sempre gerou comoção em toda a humanidade. Inúmeras fórmulas de extingui-la foram tentadas e óbvio que todas foram um fracasso. O máximo que chegamos foi em amenizar algumas situações de extrema pobreza, e sempre por um período de tempo. Hora ou outra o fantasma da pobreza sempre assolava a humanidade.
Quando alguém se levanta com o discurso de ajudar os pobres e erradicar a pobreza sempre atrai muitos adeptos. Pois quem seria contra os pobres? No panorama político brasileiro a chamada esquerda sempre usou bem esse discurso, alguns esquerdistas até bem intencionados, mas suas lideranças nem tanto.
A esquerda brasileira (que praticamente está em todos os partidos políticos, sendo assim a “esquerda” não se limita em um ou alguns partidos, mas sim em uma ideologia que domina e dirige as pautas políticas nacionais) conseguiu apoio da opinião pública em todas as suas pautas através do discurso de “defensores dos pobres”. A esquerda então se torna a única opção contra a pobreza no país, e se você questionar qualquer pauta esquerdista automaticamente a opinião pública coloca você como alguém que odeia os pobres. Claro que quando digo opinião pública não é a opinião da população em geral, mas sim os que se auto-intitulam porta vozes do povo, os jornalistas, apresentadores, atores, cantores, intelectuais da grande mídia, etc. Estes tais que estranhamente nunca representam realmente o pensamento do povo, mas conseguem constranger a população a aceitar suas opiniões. Fato é que a realidade das redes sociais tem quebrado um pouco esse paradigma, entretanto isso ainda é uma realidade.
Então se você defende os pobres, você também pode defender aborto, ideologia de gênero, erotização infantil, o fim do cristianismo, restringir liberdades individuais. Em contrapartida, se você condena qualquer um desses outros pontos, automaticamente você será estigmatizado como alguém que é contra os pobres, mesmo você sendo uma pessoa extremamente caridosa na sua vida particular, se você não adere toda a agenda esquerdista, então você não é a favor de ajudar os pobres (e de tabela as minorias também). Creio que não precisa pensar muito para perceber o quão incoerente é este pensamento.
Como cristão esse pensamento esquerdista sempre me lembrou um personagem bíblico. Tanto a esquerda quanto Judas Iscariotes deturpam a defesa dos pobres por seus próprios interesses malignos. Não quero parecer forçar a barra para poder “demonizar” à esquerda, mas ela já faz isso por si só.
Observe esta passagem:
“Então Maria, tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.
Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.” João 12:3-8
Percebemos que não é de hoje que se usa o discurso “em defesa dos pobres” para se alcançar os objetivos mais perversos. Judas, o traidor, o filho da perdição, aquele que satanás possuiu para cumprir sua vontade demoníaca tinha um discurso muito semelhante com os militantes de esquerda que vemos atualmente. Não quero aqui dizer que Deus está de um lado ou outro nas posições políticas, pois o Senhor está acima de tudo isso, porém vemos pela sua misericórdia Deus nos deixa sua palavra escrita nas Escrituras para nos direcionar em tudo em nossas vidas, e que por ela possamos caminhar na vontade do Senhor.
Creio que Deus não seja nem de direita ou esquerda, mas com certeza o diabo é de esquerda.